terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dia da economia solidária comemorado em Campos(RJ).

“Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

A canção escrita e interpretada pelo poeta Geraldo Vandré embalou a entrada de cerca de 60 profissionais ligados a economia solidária, ao legislativo de Campos dos Goytacazes, nesta segunda-feira (15). Todos foram recebidos pelo presidente da câmara de vereadores, Edson Batista e pela vereadora Auxiliadora Freitas. Os dois receberam das mãos do presidente da Associação de Pescadores Artesanais da Coroa Grande do Rio Paraíba do Sul, Elenílson do Espírito Santos Dias, o “Ninil”, uma minuta com propostas de lei para a ECOSOL 2015, que foram definidas em plenárias do Fórum Municipal da economia solidária.


“Essas demandas são políticas. É dizer que a lei orgânica precisa de atenção. É dizer que nós precisamos de uma Frente Parlamentar, que defenda a economia solidária dentro desta casa. E, também, dizer que nosso sonho é ver a força política deste legislativo em prol da efetivação do plano de economia solidária e a construção de um centro de economia solidária. Isso não é um simplório. Isso é um sonho e nós queremos que os senhores ajudem-nos a concretizá-lo”, solicitou aos vereadores, a coordenadora Técnica da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da UENF (ITEP), Nilza Franco Portela.

Os dois representantes do legislativo ouviram atentamente aos discursos feitos no hall de entrada e se propuseram a pôr em prática as solicitações.

“A riqueza tem que disseminar em todos os setores da sociedade. Não podemos reproduzir barões e escravos, gente muito rica e gente sem cidadania, sem opção de vida. Esse é o desafio de todos nós. É um compromisso que essa casa tem com o povo”, disse Edson Batista.

“A luta para colocar o paradigma da economia solidária cidadã na lei orgânica, já foi um grande avanço e uma grande caminhada que essa legislatura, presidida por Dr. Edson, já ofereceu ao movimento. Nós sabemos que o capitalismo selvagem é perverso, mas ele é uma realidade e nós temos que buscar caminhos para convivermos com ele. Para que o trabalhador brasileiro, tenha políticas públicas mais justas, mais humanas, mais solidárias. E é isso que é bonito no movimento da Ecosol: é o coletivo em prol da solidariedade”, completou a vereadora, Auxiliadora Freitas.

Logo após o encontro, um manto, que simboliza a luta coletiva em prol da economia solidária foi estendido sob as escadarias da câmara de vereadores de Campos.

“Esse manto tem duas simbologias: a primeira é a união dos trabalhadores da economia solidária, no compromisso de construírem coletivamente, de forma muito unida, o movimento em sí. O segundo compromisso, ao estendermos esse manto nas escadarias da câmara de vereadores de Campos, nós queremos o empenho do poder público em regulamentar a política pública de economia solidária”, reforçou Nilza Franco Portela.

O manto, com cerca de 10 metros de comprimento, foi confeccionado por mais de 100 trabalhadores de diversos segmentos do município. Ele foi costurado na Praça do Liceu, em Campos, região onde foram concentradas as comemorações pelo “Dia Nacional da Economia Solidária”.

O evento, organizado pelo Fórum Municipal da EcoSol, em parceria com a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da UENF (ITEP), também teve na programação uma Plenária, na Casa Villa Maria, e uma caminhada pela Praça do Liceu e ao redor da Câmara Municipal.

Texto: Cléber Rodrigues - Fotos: Alicio Gomes

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