sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Trabalhadores da Economia Solidária discutem microcrédito com aval solidário

Cerca de 80 trabalhadores envolvidos em empreendimentos de Economia Solidária de Campos puderam tirar dúvidas sobre o microcrédito com aval solidário, que está em construção no Fundecam (Fundo de Desenvolvimento do Município de Campos). Realizada pela ITEP/UENF (Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro), a reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (30), na própria universidade, e contou com a participação do superintendente do Fundecam, Rodrigo Lira.

De acordo com Rodrigo, a Economia Solidária é uma vertente de fundamental importância para o município. “Está em nossa lista de prioridades trabalhar com a Economia Solidária. Já está incluído no Plano Plurianual Participativo do município as metas para os próximos quatro anos e, a partir de 2018, já terá fomento específico e política articulada às demais economias (criativa, verde e do conhecimento) com foco no desenvolvimento local”, anunciou o superintendente. Rodrigo também explicou que a intenção do governo Rafael Diniz é fazer chegar financiamento adequado ao perfil dos empreendimentos populares: "O aval solidário deverá ser usado entre os tomadores dos empreendimentos diante de um projeto técnico definido. Outro aspecto é ligar este microcrédito ao apoio de novos espaços de comercialização. Valorizaremos a confiança e a solidariedade, que estão na essência do movimento”.

Nilza Franco, coordenadora da ITEP/UENF e assessora técnica do Fórum de Economia Solidária de Campos, ressaltou a importância do encontro para que os trabalhadores pudessem ouvir sobre o tema finanças solidárias, poder contribuir com sugestões relacionadas à economia que praticam e agregar aos empreendimentos solidários mais valores sociais e econômicos. “Estão depositadas no Fundecam muitas expectativas de fomento à economia solidária. Além de ser mais um órgão do poder público municipal, estabelece mesa de negociação com o movimento a exemplo do Desenvolvimento Econômicos”, afirmou. Durante a reunião, Nilza citou, ainda, de que maneira os bancos comunitários podem contribuir para uma sociedade mais próspera e com melhores condições para os trabalhadores, trazendo bons exemplos de municípios que se aderiram à proposta.

“O Banco Palmas foi o precursor dos bancos comunitários, começou em um bairro de Fortaleza e, desde então, possibilitou o surgimento de várias vertentes em todo o país, inclusive em Maricá, aqui no estado do Rio, que utiliza a moeda ‘mumbuca’. Precisamos levar ideias como essas adiante e possibilitar o desenvolvimento de uma política pública de Economia Solidária ainda mais eficaz em nossa cidade e região”, acrescentou Nilza.


No mesmo encontro, foram definidos vários circuitos e oficinas de formação para os integrantes dos  projetos de extensão executados pela ITEP/UENF junto aos trabalhadores.

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