Cerca de 80 trabalhadores
envolvidos em empreendimentos de Economia Solidária de Campos puderam tirar dúvidas sobre o microcrédito com aval solidário, que está
em construção no Fundecam (Fundo de Desenvolvimento do Município de Campos). Realizada
pela ITEP/UENF (Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro), a reunião aconteceu
na tarde desta quinta-feira (30), na própria universidade, e contou com a
participação do superintendente do Fundecam, Rodrigo Lira.
De
acordo com Rodrigo, a Economia Solidária é uma vertente de fundamental
importância para o município. “Está em nossa lista de prioridades trabalhar com
a Economia Solidária. Já está incluído no Plano Plurianual Participativo do município as metas para os
próximos quatro anos e, a partir de 2018, já terá fomento
específico e política articulada às demais economias (criativa, verde e do
conhecimento) com foco no desenvolvimento local”, anunciou o superintendente. Rodrigo também explicou que a intenção do governo Rafael Diniz é fazer chegar financiamento
adequado ao perfil dos empreendimentos populares: "O aval solidário deverá ser
usado entre os tomadores dos empreendimentos diante de um projeto técnico
definido. Outro aspecto é ligar este microcrédito ao apoio de novos espaços de
comercialização. Valorizaremos a confiança e a solidariedade, que estão na
essência do movimento”.
Nilza
Franco, coordenadora da ITEP/UENF e assessora técnica do Fórum de Economia
Solidária de Campos, ressaltou a importância do encontro para que os trabalhadores
pudessem ouvir sobre o tema finanças solidárias, poder contribuir com
sugestões relacionadas à economia que praticam e agregar aos
empreendimentos solidários mais valores sociais e econômicos. “Estão depositadas no Fundecam muitas expectativas de fomento à economia
solidária. Além de ser mais um órgão do poder público municipal, estabelece mesa de negociação com o movimento a exemplo do Desenvolvimento
Econômicos”, afirmou. Durante a reunião, Nilza citou, ainda, de que maneira os
bancos comunitários podem contribuir para uma sociedade mais próspera e com
melhores condições para os trabalhadores, trazendo bons exemplos de municípios
que se aderiram à proposta.
“O Banco Palmas foi o precursor dos bancos
comunitários, começou em um bairro de Fortaleza e, desde então, possibilitou o
surgimento de várias vertentes em todo o país, inclusive em Maricá, aqui no
estado do Rio, que utiliza a moeda ‘mumbuca’. Precisamos levar ideias como
essas adiante e possibilitar o desenvolvimento de uma política pública de
Economia Solidária ainda mais eficaz em nossa cidade e região”, acrescentou
Nilza.
No mesmo encontro, foram definidos vários circuitos e oficinas
de formação para os integrantes dos projetos de extensão executados pela ITEP/UENF junto aos trabalhadores.
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